Historia MC GALO




Ele é a história do funk em pessoa, um dos MCs mais talentosos e respeitados no movimento, referência pra muitos de sua geração e citados por outros no funk atual.
Everaldo Almeida da Silva, o MC Galo, nascido em 1975 numa família de origem mineira, que lhe deu oito irmãos. O apelido, veio porque, quando moleque, só andava pela rua cantando. Guardador de carro e pegador de bola em quadra de tênis, no tempo vago, dançaava break com o grupo The Funk Dance e desde pequeno frequentava os bailes funk da área,.
Em 1991 ouviu a divulgação do concurso de rap durante um baile na “Acadêmicos da Rocinha”, derrotou trinta MCs num concurso promovido pela Cash Box. O melhor rap sobre a Rocinha dava direito a uma gravação em disco.
“Eu não tinha dinheiro, então fiz o rap e ganhei”, conta o MC que logo depois transformou a história de sua entrada no funk em um de seus raps “Subo o morro”.
                                              Rap da Rocinha original
O “Rap da Rocinha” se transformou em um dos funks preferidos das galeras e foi o rap mais sampleado de todos os tempos dentro do funk. No auge das montagens, seus versos eram usados repetidamente para animar e levantar as galeras nos bailes por todo Rio de Janeiro.
O refrão do rap foi tão levado a sério pela maior favela da América Latina, que Galo foi um dos que contribui para o sucesso absoluto do baile da Acadêmicos da Rocinha, o baile comunitário se transformou em parada obrigatória das galeras de vários pontos da cidade. A fama da tranqüilidade do baile se espalhou de tal forma que os funkeiros da Zona Sul subiam a favela para curtir as batidas.
Galo puxou o bonde e outros MCs também fizeram homenagem a comunidade que foi considerada a mais citada nos raps brasileiros. Rocinha virou paixão das equipes de som e daqueles que curtiam um pancadão.
Daí em diante, Galo não parou mais, se apresentava de segunda a segunda e fazia 15 bailes por noite. Suas letras conscientes, que faziam reivindicações sociais o transformou em história do funk. Dono de vários sucessos e modesto, o MC afirma que não se considera a “História do Funk”, como os amigos insistem em dizer, mas apenas “uma pessoa valiosa do mundo funk”.
O sucesso, no entanto, se espalhou por outras comunidades e chegou as danceterias e boates: “É incrível ver a playboyzada cantando nossos raps. A realidade deles pode ser diferente, mas se os MCs param de cantar, eles levam as letras direitinho”, conta Galo
Galo chegou aos anos 2000 ainda como um grande nome do funk consciente, um dos seus grandes sucessos nesta época foi catador de latinhas, o cara que arrumou dinheiro, saiu da favela e não quis mais voltar. Aí ficou duro e voltou para o morro, assim foi com o MC
Sobre a situação atual do funk, Galo desabafa: “Antigamente, era mais tranquilidade, tinha muita união. E não tinha esses negócios de muita montagem era rap cantado mesmo. Pra tu vingar, tu tinha que contar uma história na musica, não tinha esses negocios de palhaçada”, relata o MC no livro Batidão.
Galo tem 3 CDs solos gravados, raps em várias coletâneas, participações em DVDs de equipes, colegas de trabalho e já gravou seu primeiro DVD

Créditos Texto : Claudia Duarcha/Adriana Lopes
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